Vítima foi algemada e torturada e morreu no quarto dos próprios filhos
Crime aconteceu em outubro de 2011 na residência do casal. Caso chocou a população bonfinense.

FAMILIA JOÃO E MARCIA (2)                      Marcia Regina, algemada, torturada e morta Por João Macedo

A Justiça determino que o ex  Policial Civil acusado de matar a própria esposa com requintes de crueldade vá a julgamento pelo júri popular. O crime aconteceu em outubro de 2011 na residência do casal. A vítima, a estudante Márcia Regina, foi algemada e espancada por quase quinze minutos, e morreu em consequência dos fortes golpes que recebeu do esposo.

Segundo o assassino, no calor da discussão, Márcia deu um tapa em seu rosto. Descontrolado com a agressão, ele a algemou, espancou e estrangulou pisando em seu pescoço.
Depois de cometer o crime, João, que já foi policial militar e trabalhava como investigador desde 2009, limpou o local para não deixar vestígios. Em seguida, colocou a mulher morta no banco do carona do carro do irmão, que emprestou-lhe o veículo. Já na estrada, próximo à cidade de Antônio Gonçalves, empurrou o corpo para fora do automóvel, forjando o acidente para enganar a polícia.

João Macedo responderá pelo crime de homicídio qualificado. O júri popular vai acontecer no próximo dia 12 de maio, a partir das 8 hs e será presidido pelo Juiz da Vara Crime, Tardelli Cerqueira Boaventura. Confira dados do processo abaixo:

Processo: 0004989-98.2011.8.05.0244

Classe: Ação Penal – Procedimento Ordinário

Área: Criminal

Assunto: Homicídio Qualificado
Local Físico: 06/10/2014 16:45 – Cartório – Mesa Flávia
Distribuição: Sorteio – 13/12/2011 às 16:19
1ª Vara Criminal – Senhor do Bonfim
Outros números: 0004.497979-4/0020.11, 0004792-46.2011IP, 2011044979794_SAIPRO

Autor: Ministerio Publico do Estado da Bahia – 2ª Promotoria de Justiça
Réu: Renato dos Santos Macedo
Advogado: JOSÉ MAURICIO VASCONCELOS COQUEIRO
Réu: João dos Santos Macedo
Advogado: MILTON JORDÃO DE FREITAS PINHEIRO GOMES
Advogado: Fabiano Vasconelos Silva Dias
Advogado: JOSÉ MAURICIO VASCONCELOS COQUEIRO
Vítima: M. R. de S. M.
Ass. Acusação: JOSÉ RODRIGO ALMEIDA DA SILVA

Entenda o caso através de várias matérias publicadas:

Perícia confirma que Márcia Regina foi estrangulada no quarto dos filhos

A polícia acaba de divulgar mais detalhes do assassinato de Márcia Regina Macedo dos Santos, que foi estrangulada pelo próprio esposo, o investigador da Polícia Civil, João Macedo, na noite do último dia 30.

Desconfiados de que o acidente não passava de armação do esposo, técnicos e peritos do DPT, se deslocaram a residência de João Macedo, para elucidar o caso.

Exames de luminol, Técnica usada em casos forenses revelaram o local onde o investigador tirou a via da própria esposa. (LUMINOL-

Luminol é uma substância química criada em 1928 por H. O. Albrecht. É um produto que é preparado misturando-se o luminol propriamente dito, com uma substância à base de peróxido de Hidrogênio ( água oxigenada), que reage muito lentamente. Quando essa mistura entra em contato com o sangue humano, utiliza o ferro presente na hemoglobina como agente catalisador causando uma reação de quimiluminescência.)

Esse método, levou os peritos ao local da tragédia. Marcas de sangue nas paredes, e até mesmo no teto do quarto, indicaram o local onde Márcia foi espancada e estrangulada até morrer.

E, como uma sinopse de filme de TERROR,  a Morte da estudante aconteceu entre as quatro paredes do quarto dos próprios filhos, um de 11, e outro de apenas 5 anos.

O quarto dos filhos foi escolhido com detalhes pelo investigador, pelo fato de dispersar a curiosidade dos vizinhos, que não escutavam os gritos de socorro de Márcia, que encontrava-se indefesa, algemada e amordaçada.

Polícia apresenta novos detalhes da morte da estudante Marcia Regina

Lotado na Delegacia Territorial (DT) da cidade Antônio Gonçalves, a 394 quilômetros de Salvador, João foi preso, na segunda-feira (7), e encontra-se custodiado na Correpol, no Rio Vermelho. Segundo o titular da 19ª Coorpin, o policial responderá a um processo criminal por homicídio e também a um processo administrativo disciplinar. Há suspeitas de que ele recebera ajuda de dois homens para forjar o crime. João nega, mas a polícia trabalha para descobrir quem seriam os cúmplices.
Na madrugada do dia 30 de outubro, João pediu ajuda ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pois sofrera um acidente de trânsito na estrada que liga Senhor do Bonfim a Jacobina, próximo de Antônio Gonçalves. Na ocasião, o investigador disse à polícia que estava com sua mulher a bordo de um Gol, de cor verde, que pertence a seu irmão, a caminho de Pindobaçu, onde se realizava a festa de aniversário da cidade. Afirmou ainda que, ao passar por uma curva, perdeu o controle do veículo e saiu da estrada. Nesse momento, a porta do lado do passageiro se abriu e Márcia foi lançada para fora do veículo e morreu na queda.
Ao analisar o local do acidente, os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Senhor do Bonfim e o delegado Felipe Néri, no entanto, perceberam que as evidências não apontavam para uma fatalidade. A desconfiança fez com que as investigações fossem aprofundadas para esclarecer o que de fato teria acontecido. Foi apurado então que a equipe do SAMU, que estivera no local, observou que o corpo de Márcia apresentava rigidez cadavérica, indicando que a mulher havia morrido horas antes do horário do acidente informado pelo marido.
O trabalho realizado pelos peritos do DPT trouxeram novas informações que reforçaram as desconfianças do delegado Felipe Neri. Foram encontradas, por exemplo, manchas do sangue e fios do cabelo de Márcia no interior do Gol. O veículo estava em uma posição que não combinava com a posição de um carro que tivesse saído da estrada de forma descontrolada. Somado a tudo isso, um familiar da vítima disse à polícia que notou marcas estranhas nos pulsos de Márcia, indicando que ela fora amarrada. Esses detalhes da investigação fizeram com que João fosse chamado a comparecer à 19ª Coorpin.
Diante das evidências apresentadas, o investigador confessou o assassinato e relatou que o crime aconteceu na noite de 29 de outubro, na residência do casal, no bairro do Mercado, em Senhor do Bonfim. Na ocasião, Antônio e Márcia, juntos há 12 anos e pais de dois meninos, um de 11 e outro de cinco anos, tiveram uma discussão. O investigador disse à mulher que descobrira que ela mantinha um relacionamento extraconjugal no trabalho. Ela era estudante de Ciências Contábeis, na Uneb de Senhor do Bonfim, e estagiava no setor administrativo da Justiça Federal, em Campo Formoso. Segundo o assassino, no calor da discussão, Márcia deu um tapa em seu rosto. Descontrolado com a agressão, ele a algemou, espancou e estrangulou pisando em seu pescoço.
Depois de cometer o crime, João, que já foi policial militar e trabalhava como investigador desde 2009, limpou o local para não deixar vestígios. Em seguida, colocou a mulher morta no banco do carona do carro do irmão, que emprestou-lhe o veículo. Já na estrada, próximo à cidade de Antônio Gonçalves, empurrou o corpo para fora do automóvel, forjando o acidente para enganar a polícia.

Fim do mistério: Policial Civil de Bonfim preso acusado de matar a própria esposa

Blog do Walterley Kuhin

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